
Foto: Gabriel Haesbaert (Diário)
Produtor rural recebe orientação de pesquisadores da UFSM em Santa Maria
Pequenos produtores rurais que integram o projeto Phenoglad da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) têm lucrado entre R$ 30 e R$ 40 por metro quadrado com plantação de flores na Região do Rio Grande do Sul. Tendo um hectare como referência, que equivale a mil metros quadrados, essa área de terra produtiva tem potencial para gerar até R$ 40 mil. Isso demonstra o potencial desse tipo de cultivo na região.
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Com o projeto de passagem para a terceira fase, a primeira, há dois anos, tinha como foco a produção de Palma de Santa Rita (com o nome formal de gladíolo) para o Dia das Mães. Os produtores da região tinham como objetivo abastecer cinco cidades: Santa Maria, Dilermando de Aguiar, Cachoeira do Sul, Nova Palma e Santiago.
Esses produtores, que tinham pouca familiaridade com o cultivo da flor, receberam orientação de pesquisadores da UFSM e extensionistas da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater). Esses profissionais acompanharam os produtores do cultivo até a colheita, ensinando técnicas, fazendo apontamentos e eventuais correções, se fosse necessário.
- O gladíolo foi escolhido por ser fácil de cultivar, de manejo mais simples, de forma que não exigisse tanto investimento dos produtores, afinal, o que queríamos era uma alternativa de renda, e o gladíolo pode ser cultivado o ano interior - conta o professor Nereu Streck, do departamento de Fitotecnia do Centro de Ciência Rurais (CCR) da UFSM.
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Quando o professor fala investimento menor, ele se refere a não precisar, por exemplo, de uma estufa para que as flores sejam cultivadas, de forma que o pequeno produtor, alvo da preocupação dos pesquisadores, possa gerar mais renda a partir do seu trabalho. Isto é, mais dinheiro para sua família.
Ouça os resultados de acordo com o professor Streck:
Na segunda-fase, houve produção para o Dia de Finados, dando conta agora de mais município, como Itaara, Formigueiro, Júlio de Castilhos, São João do Polêsine, Tupandi e Bento Gonçalves.
A partir dos dados levantados nos últimos anos, os pesquisadores puderam consolidar a iniciativa cientificamente. Foi assim que chegaram aos resultados. Ainda, o objetivo principal foi atingido: os produtores conseguem cultivar os gladíolos sozinhos agora, que era um dos interesses principais dos pesquisadores, além de ter ao final do mês mais dinheiro.
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Espera-se que outros produtores aprendam com esses que participaram da primeira e segunda fases do projeto, que já se encaminha para a terceira, que agora tem como objetivo a produção de flores para comercialização no Dia das Mães de 2019.
Interessados no projeto podem buscar mais informações clicando aqui.